07/04/21
O olfato é um sentido subestimado, revela a pandemia. A igualdade material é um valor superestimado, revela o kibutz. A evolução do sinal de “pare”. O declínio das dinastias centro-americanas. Senhor dos Anéis, versão soviética.
1. Um ensaio sobre o olfato em meio a uma pandemia que priva pessoas de aromas e odores. Entre os indivíduos que testam positivo para Covid-19, 65% perdem o olfato em decorrência da doença. “Nossa capacidade de sentir cheiros é fundamental para o nosso senso de identidade: é uma moduladora de conscientização, uma detectora de perigo, um gatilho para a tomada de decisões, uma criadora e destruidora de relacionamentos. É o segurança mais confiável na porta de entrada do corpo.” https://www.newstatesman.com/international/coronavirus/2021/04/searching-sense-what-we-lose-when-smell-deserts-us
2. Meir Kohn, economista de Dartmouth, relata como a vida em um kibutz deflagrou sua desilusão para com o socialismo. “As diferenças em nossas circunstâncias materiais eram de fato mínimas. Apartamentos, por exemplo, quando não idênticos, eram muito similares. Ainda assim, um membro designado para um apartamento ligeiramente menor ou mais velho do que o de outra pessoa ficava extremamente ressentido. Em parte, isso ocorria porque a nossa capacidade de discernir diferenças cresce conforme as diferenças diminuem. Mas em larga medida era porque o que nós recebemos era designado e não conquistado. Acaba que como você recebe as coisas não importa menos do que o quê você recebe.” https://www.cato.org/policy-report/march/april-2021/how-i-became-libertarian
3. Vídeo. Quando um caminhão ignora os sinais de trânsito de que é alto demais para entrar no túnel do porto de Sydney, um sistema automático projeta um sinal gigante de “pare” em uma cortina de água na entrada do túnel. É a maneira mais ousada possível de alertar o caminhão sem danificar qualquer outro veículo. https://www.youtube.com/watch?v=NoTMC-uxJoo
4. O poder das famílias oligárquicas na América Central está em declínio. Dinastias que se firmaram com o protecionismo - e manejaram a sobrevivência em meio à globalização por meio de parcerias internacionais - agora sofrem com o crime organizado, as derrotas eleitorais e com uma nova geração de herdeiros acomodados. “A maioria das famílias hoje em dia traz consultores para gerenciar a mudança geracional, explica um empresário. Seus filhos assinaram um código de conduta familiar no dia em que completaram 16 anos, prometendo bom comportamento e independência financeira. Eles não serão contratados pela empresa da família até que tenham obtido dois diplomas universitários e trabalhado por cinco anos em outra empresa.” https://www.economist.com/the-americas/2021/04/03/the-influence-of-central-american-dynasties-is-ebbing
5. A internet descobre a versão soviética de Senhor dos Anéis, lançada em 1991. Mais especificamente A Sociedade do Anel, primeira parte da trilogia de J.R.R. Tolkien. “O filme de baixo orçamento parece ceifado de outra época: figurinos e cenários são rudimentares, os efeitos especiais são cômicos e muitas das cenas parecem mais uma produção de teatro do que um longa-metragem.” Tem um preview de 30 segundos no começo da página e links para a versão completa no meio do artigo. https://www.theguardian.com/world/2021/apr/05/soviet-tv-version-lord-of-the-rings-rediscovered-after-30-years?CMP=soc_568
Imagem @heatherihnart