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03/05/21

Diogo G.R. Costa
May 3, 2021
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Você não pode confiar tanto assim em Rápido e Devagar. A ciência não pode ceder tanto assim a preocupações moralistas. As obras paralisadas na África como sintomas de fracasso institucional. As novas vacinas como uma entrega da globalização. Como a N-word se tornou uma palavra proibida.

1. Alerte o seu sistema 2.: vários dos estudos empíricos de Rápido e Devagar não são replicáveis. Daniel Kahneman conseguira sumarizar os principais avanços da psicologia comportamental em seu livro. Ocorre que a psicologia comportamental estava prestes a ser arrasada por uma crise de replicação. "Passados dez anos, se Kahneman houvesse escrito uma segunda edição, ela seria muito diferente da primeira. Os capítulos 3 e 4 provavelmente seriam simplesmente apagados do livro." https://replicationindex.com/2020/12/30/a-meta-scientific-perspective-on-thinking-fast-and-slow/

2. Por que pesquisadores devem buscar a objetividade científica independente de valores ideológicos. A bola da vez foi a reação a um novo paper da American Economic Review, que sugere que crianças podem colher alguns benefícios se seus pais ou irmãos forem presos. "Os cientistas nunca conseguirão ficar totalmente livres de preconceitos, mas ser menos político e mais dedicado na busca dos fatos é uma meta digna que não deve ser abandonada." https://noahpinion.substack.com/p/why-politically-guided-science-is

3. Por que tantos africanos ficam com suas obras paradas. Começar obras sem conseguir terminar não é tanto uma questão de decisões equivocadas quanto de instituições severamente zoadas. Por exemplo, transformar dinheiro em concreto vira uma forma de poupança mais segura para quem está fora do sistema bancário. E levantar paredes é uma forma de indicar um título de propriedade para quem não conta com um sistema seguro de propriedade privada. "Mais dinheiro no sistema financeiro e menos ociosidade em prédios inacabados ajudaria tanto as empresas quanto os proprietários em potencial. Isso exigiria melhorias em impostos e regulamentações, acesso ampliado a serviços bancários e direitos de propriedade mais claros." https://www.economist.com/middle-east-and-africa/2021/05/01/why-are-there-so-many-unfinished-buildings-in-africa

4. Eu, a vacina. Apesar dessa pandemia ter aguçado o nacionalismo competitivo, há motivos para nos admirarmos com as maravilhas da globalização. Só a vacina da Pfizer/BioNTech "possui 280 componentes diferentes, fabricados em 86 locais diferentes em 19 países, impulsionados em parte pela pesquisa de um filho e uma filha de imigrantes turcos na Alemanha. Isso é globalização em uma agulha." https://eworld.substack.com/p/globalization-in-a-needle

5. O linguista John McWhorter conta a história da N-word, de uma corruptela de 'negro' até se tornar uma palavra impronunciável. Stephen Pinker teve isso a dizer sobre o artigo: "O NYT, quebrando um tabu, permitiu que ele mencionasse a palavra, e é assim que deve ser: é absurdo sucumbir à magia das palavras e tratar uma sequência de fonemas como tendo poderes terríveis independentes do contexto." https://nyti.ms/3uaAISH

Imagem @fieldart

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